segunda-feira, 14 de outubro de 2019

31-FOME

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31-FOME

A minha fome é de abismo
E não há aforismo melhor para cantar
Altruísmo, egoísmo e niilismo
É tudo cinismo
O mecanismo da sede é sedar
Acatar não acalanta
Muito menos encanta calar
Hoje já não tenho nome
Sou só um homem sem prata no ar
Ceder a seda cega
Não há sede melhor para segar
Celebrar o que azeda é criar azeite
Para o deleite do mar
Lua de leite em Qunran e Qatar
Catarse quase sangrando
Outro bando
Ouro brando a abandonar
Catar o que não se come
A semântica não faz a semente germinar
Minar o sonho é nunca ter lar

Ateu Poeta
07/07/2016

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