97-UM PAÍS DECADENTE
A palavra é a arma que tenho
Por isso que eu tanto escrevo
Com tamanho empenho
O desempenho se é pleno
Vocês é que irão dizer
Não sei se nos canalhas
Consigo fazer doer
É o meu modo de defender
A nobre democracia
Que essa elite esnobe
Rói noite e dia
Cada um tem que escolher
A sua linha
Para bater de frente
Com intensa harmonia
Eles derramam o sangue
Da população
Nós falamos
Fora cambada!
E fazemos canção
Fora Temer
Calheiros
Moro
E Dallagnol!
Estudantes guerreiros
Apanham no rol
O Sol da liberdade
Os ratos encobriram
Pensam que nos pegam
Com um simples anzol
A fachada do Power Point
É uma grande furada
Têm Estados Unidos
Por trás da jogada
O Cunha é só a mão
O resto escapou
Desse sistema corrupto
Em mais um grito de gol
Na goela desce o pacote do mal
Com balas e cassetetes
Pedaços de pau
A chuva de canivetes
Começou a cair
Muitos foram cegados
Mas não irão desistir
Resistir é a palavra de ordem
São 20 anos de peia
É o fim da picada
Porrada
Fogo
Cadeia
Aqui se ateia
Essa destruição
Tudo o que os podres querem
É trair a nação
E roubar com acordos
Adornos pra lá e pra cá
Batendo panelas
A justiça comprar
O Supremo cruzou os braços
Com o rabo preso
O preço do retrocesso
Só milionário
Sairá ileso
Para quem não conhece a miséria
Ela baterá na porta
Morderá a língua
A burguesia tão porca
Que olha de cara torta
Para benefícios e cotas
Não será tão jocosa
A pobreza para as cocotas
Janotas tão mauricinhos
Os dândis achacadores
Conhecerão de perto
O jardim dos horrores
Apanharão em seguida
Dos mesmos ditadores
Serão infratores
Quando for tarde demais
Entenderão que o homem
É o seu próprio Deus e Satanás
E quem foi tão audaz
Em aplaudir opressores
Terá que encarar
Franco-atiradores
A Globo encobrirá
Como faz no presente
De veraz só a voraz
Tropa ardente
Sem escutar os ais
Deste país decadente
Ateu Poeta
17/12/2016
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