terça-feira, 15 de outubro de 2019

97-UM PAÍS DECADENTE

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97-UM PAÍS DECADENTE

A palavra é a arma que tenho
Por isso que eu tanto escrevo
Com tamanho empenho
O desempenho se é pleno

Vocês é que irão dizer
Não sei se nos canalhas
Consigo fazer doer
É o meu modo de defender

A nobre democracia
Que essa elite esnobe
Rói noite e dia
Cada um tem que escolher

A sua linha
Para bater de frente
Com intensa harmonia
Eles derramam o sangue

Da população
Nós falamos
Fora cambada!
E fazemos canção

Fora Temer
Calheiros
Moro
E Dallagnol!

Estudantes guerreiros
Apanham no rol
O Sol da liberdade
Os ratos encobriram

Pensam que nos pegam
Com um simples anzol
A fachada do Power Point
É uma grande furada

Têm Estados Unidos
Por trás da jogada
O Cunha é só a mão
O resto escapou

Desse sistema corrupto
Em mais um grito de gol
Na goela desce o pacote do mal
Com balas e cassetetes

Pedaços de pau
A chuva de canivetes
Começou a cair
Muitos foram cegados 

Mas não irão desistir
Resistir é a palavra de ordem
São 20 anos de peia
É o fim da picada

Porrada
Fogo
Cadeia
Aqui se ateia 

Essa destruição
Tudo o que os podres querem
É trair a nação
E roubar com acordos

Adornos pra lá e pra cá
Batendo panelas
A justiça comprar
O Supremo cruzou os braços

Com o rabo preso
O preço do retrocesso 
Só milionário
Sairá ileso

Para quem não conhece a miséria
Ela baterá na porta
Morderá a língua
A burguesia tão porca

Que olha de cara torta
Para benefícios e cotas
Não será tão jocosa
A pobreza para as cocotas

Janotas tão mauricinhos
Os dândis achacadores
Conhecerão de perto
O jardim dos horrores 

Apanharão em seguida

Dos mesmos ditadores
Serão infratores
Quando for tarde demais

Entenderão que o homem
É o seu próprio Deus e Satanás
E quem foi tão audaz
Em aplaudir opressores

Terá que encarar
Franco-atiradores
A Globo encobrirá
Como faz no presente

De veraz só a voraz
Tropa ardente
Sem escutar os ais
Deste país decadente

Ateu Poeta
17/12/2016

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