86-A ROSA VERMELHA
Nada fala por si
Até o olhar apaixonado
Deve ser analisado
Desde a mais tênue escuridão
Às tramoias no Senado
Morre a flor amarela
Mas, a Rosa Vermelha
Brota do chão
Fogo na rua
Povo a batucar
Sem patos nem panelas
Em febril aquarela
As querelas
Continuarão a querê-las
Sem a menor compaixão
Ditadura da bala e do cassetete
A chuva de canivetes
Está para cair
Às escusas
O Vampiro pira
Sai do caixão
Para sugar o sangue
De todo o país
Quando se compra o juiz
O jogo está decidido
Mas, a arquibancada
Revoltada
E unida
Já criou até
A desexpulsão do Pelé
Cartão vermelho para o árbitro
O show da mais pura revolução
"Cala a boca, Galvão!"
Da gávea ao Castelão
Do sertão à serra
A batalha não se encerra
Esta terra Brasil
Traz no peio o pavio
Para salvar
Tripulação e navio
Aplaudiria Karnal
O historiador
Afinal
Não se chegou ao final
É preciso
Um otimismo de Sabino
Porque a democracia
Não é carnaval
As vaias são duras
Às vezes sábias
Quase pintura
Dando certa candura
De antemão
Se não Cortella
Pasquale lembraria
Que quem tem boca vaiaria
A grande Roma de seu tempo
Só começou a sangria
Machado, Moro, Temer
Cunha, Calheiros, Serveró
É grande a lista
E a hipocrisia
Fica maior
Dia a dia
O couro come
Não resta nem sobrenome
Da AS em pó
Odebrecht
Avante a Greve Geral!
Ocupem tudo!
Pois, o capital
Não pode estar acima da razão
"Caminhando e cantando"
Já dizia a canção
"Sem lenço e
Sem documento"
"Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação"
"O Céu é só uma promessa
Eu tenho pressa, vamos nessa direção"
Com frases e cartazes na mão
Com ação e sanidade
É que se faz
Uma nação de verdade
Com qualidade na Saúde
Reforma Agrária
Sem Lei Arbitrária
E exímia Educação
Mas, sem luta
É perdida a labuta
Presa na predação
Político-industrial
Neste país tão desigual
A fome logo voltará
A ser assolação abissal
Porque no seio da ambição
Mora
O voraz açoite
Da população
Que a noite aprimora
O Sol queimará a todos
Sem ao Socialismo amar
Anarquismo e Comunismo
Serão paisagismos
Aforismos da inequação
Se o cabresto não romper
Os grilhões voltarão
Nos porões da tortura
Com toda a loucura do sistema
Não tema!
O cão se farta no temor
Que alimenta a fúria do opressor
Progresso não é propaganda
Governamental na Globo
Até o bobo consegue ver
Mas, a ignorância desejada
Para a jornada com suas muralhas
Para fugir das batalhas
Deixando a mente falha
Delirar
Deturpando qualquer argumento
Mentindo sobre todos os aumentos
Superávit cambial
Implantando o ritual
"Deus, pátria e família"
Eis aí o fascismo, milha filha
Na ilha da ilusão
Os idiotas moram lá
Quem saiu da caverna
Faz navegação
E descobre a realidade
Quando chega a idade
Deus não obra milagre
Mudança faz quem está
Na linha de frente da tropa
Quem disse que só a Europa
Pode prosperar?
A influência dos Estados Unidos
Deixa os Estados desunidos
Melhor alertar
A História se faz agora
Fascistas, fora!
É isso
Que iremos gritar
Ateu Poeta
12/11/2016
Eis aí o fascismo, milha filha
Na ilha da ilusão
Os idiotas moram lá
Quem saiu da caverna
Faz navegação
E descobre a realidade
Quando chega a idade
Deus não obra milagre
Mudança faz quem está
Na linha de frente da tropa
Quem disse que só a Europa
Pode prosperar?
A influência dos Estados Unidos
Deixa os Estados desunidos
Melhor alertar
A História se faz agora
Fascistas, fora!
É isso
Que iremos gritar
Ateu Poeta
12/11/2016
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