terça-feira, 15 de outubro de 2019

95-O VENENO DA LOUCURA


Não serei aquele
Que age com envergador
Criando círculos concêntricos
Para não morrer de dor

Quem bebeu o veneno da loucura
Dirá  que o melhor é ditadura
Que a doença é o que cura
Sem nenhuma lisura

A inflação vem socorrer
Os bandidos
Que estão no poder
Para sempre garantidos

Querer o melhor
É tratado como se fosse paixão
O fim tão previsto
Eu nunca vi

São tantos vagões
De um mesmo trem
Quem lutar além
Dirá: sobrevivi

São patos
São PECs
Volta ao pau-a-pique
Os ladrões do Brasil

Vivem dando chilique
Querem ir à Disney
Pois são extremos de chique
Ladram desde o pau-brasil

O seu ódio é tão vil
Massacram professores
Atiram em estudantes menores
Que nem são infratores

Ao povo chamam de vândalos
Um povo injustamente pela História difamado
Nenhum rival por eles
Jamais fora dizimado

O papel registra as mentiras
Dos mais fortes
A verdade permanecerá velada
Enquanto a vítima calada

Morre de fome ao relento
Ou por puro espancamento
Com ou sem lamento
Balas e bombas ao vento

O inimigo dos tiranos
É o conhecimento
Enquanto os imbecis latem
Contra quem lhes deu a mão

Aplaudem Cunha e Calheiros
Chamam Dallagnol e Moro de guerreiros
E se mascaram de Japonês da Federal
A direita mastiga os direitos

De toda uma nação
Devorando quaisquer perspectivas
De melhoria para o cidadão
Propagam que para sair do buraco

Com sabedoria fina
Têm-se que cavar mais
Até o caos do cais
Sair na China

Onde haverá outra medicina
Com ostracismo, cinismo e lentidão
Meritocracia, hipocrisia e imensa ilusão
E que a crise é culpa do aposento

Daí, ninguém mais estará isento
De trabalhar feito um jumento
Para manter o PSDB
DEM e PMDB

A trilogia do mal
Da ganância descabida
Em Maçonaria embebida
Sangrento e macabro ritual

Ateu Poeta
14/12/2016

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