A vida é mais fatalista
Que qualquer filosofia
E não há alquimia mista
Com toda a sintropia
Que arranque
Do fascista
A sua louca
Obsessão doentia
Em plena a luz do dia
O golpe vem à bala
O próprio pai
Faz mortalha
No peito do filho
Inocente
Quantos guilhermes
Haverão de morrer
Quantos olhos terão
Que ser arrancados
Para se perceber
Que todo esse seriado
É uma novela torpe
Que só tem um lado
A grega tragédia
Que agora é mundial?
As guerras sangrentas
Só crescem
Alimentando
O podre capital
A selvageria humana
É grotesca
Tosca
Brutal
Os tolos fazem
Do bandidos heróis
Chamam os paladinos reais
De vagabundos
Digam-me
Em que mundos que vocês moram?
Estão chapados
Alienados medíocres?
As suas panelas batendo
Não estancarão os sagramentos
O seu pato pateta
Possui fome
De coxinha
Massa de manobra
De mente demente
Tolinha
Não adianta perder a linha
As vidas não voltarão
Os canalhas estão no poder
Cada qual o maior tubarão
Mandam-me ler as PECs
Como se fossem o Corão
Com todo o fundamentalismo
Mecanismo
Para gerar
Ostracismo na razão
Falsidade intelectual
Argumentos ad ominem
Linguajar de jaguar
E lobista
Tudo obra orquestrada
Por um imperialista
Que se esconde na ribalta
De categoria tão alta
Que o seu nome
É quase um crime dizer
Os próprios sites
Boicotam os clientes
Ao seu bel prazer
As marionetes se contentam
Com as suas migalhas
Vendem os seus países
Para os facínoras
Gentalhas
Ateu Poeta
23/11/2016
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