terça-feira, 15 de outubro de 2019

87-OS FACÍNORAS


 A vida é mais fatalista
Que qualquer filosofia
E não há alquimia mista
Com toda a sintropia

Que arranque
Do fascista
A sua louca
Obsessão doentia

Em plena a luz do dia
O golpe vem à bala
O próprio pai
Faz mortalha

No peito do filho
Inocente
Quantos guilhermes
Haverão de morrer

Quantos olhos terão
Que ser arrancados
Para se perceber
Que todo esse seriado

É uma novela torpe
Que só tem um lado
A grega tragédia
Que agora é mundial?  

As guerras sangrentas
Só crescem
Alimentando
O podre capital

A selvageria humana
É grotesca
Tosca
Brutal

Os tolos fazem
Do bandidos heróis
Chamam os paladinos reais
De vagabundos

Digam-me
 Em que mundos que vocês moram?
Estão chapados
Alienados medíocres?

As suas panelas batendo
Não estancarão os sagramentos
O seu pato pateta
Possui fome

De coxinha
Massa de manobra
De mente demente
Tolinha

Não adianta perder a linha
As vidas não voltarão
Os canalhas estão no poder
Cada qual o maior tubarão

Mandam-me ler as PECs
Como se fossem o Corão
Com todo o fundamentalismo
Mecanismo

Para gerar
Ostracismo na razão
Falsidade intelectual
Argumentos ad ominem

Linguajar de jaguar
E lobista
Tudo obra orquestrada
Por um imperialista

Que se esconde na ribalta
De categoria tão alta
Que o seu nome
É quase um crime dizer

Os próprios sites
 Boicotam os clientes
Ao seu bel prazer
As marionetes se contentam

Com as suas migalhas
Vendem os seus países
Para os facínoras
Gentalhas

Ateu Poeta
23/11/2016

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